
Ela sempre foi simpatizante da psique e de diferentes formas de terapia que explorassem a mente humana. Psicologia, inclusive, foi uma das opções de faculdade cogitadas na época do vestibular.
Porém, a terapia ainda não tinha sido um terreno explorado por ela. Achava chique quem fazia e sempre teve curiosidade sobre o processo para o conhecimento próprio. De alguma forma, seu momento de adentrar esse universo ainda não tinha chegado.
Depois de identificar uma certa ansiedade invadindo sua vida e atrapalhando de alguma forma, achou que era hora. Não foi fácil conseguir horário.
Chegado o dia, a temida ansiedade e uma certa tensão por medo do desconhecido apareceram. Apesar disso, ela conseguiu se abrir, e, com as perguntas certas feitas pela psicóloga, pôde acessar gatilhos que ela própria não sabia que poderiam sê-lo.
Fez um retrospecto e muitas coisas passaram a fazer sentido. A sessão foi curta, passou rápido, e apesar de não entender ainda muito bem a dinâmica entre profissional e paciente (aquela cara de paisagem e ausência de expressões durante seus relatos pareceram estranho num primeiro momento), ela acredita que foi uma boa primeira impressão e que pode agregar de maneira positiva em sua vida.