
Me peguei lembrando de quando estava completando 25. Toda expectativa que as pessoas geralmente colocam sobre os 30 anos, eu coloquei nos meus 25. Havia criado todo um cenário de vida perfeita: bem sucedida no trabalho, com um super salário e morando sozinha no próprio apartamento. Aquela fórmula pronta de estudo, carreira, sucesso e dinheiro que nos enfiam guela abaixo a vida toda.
Eis que agora, dez anos depois, a poucos dias de completar 35, fiz novamente um balanço. Como eu era boba naquela idade. Não sabia metade do que estava por vir. Mas aquela menina que pouco sabia foi importante e faz parte de quem sou hoje.
Minha vida não é como a que eu esperava ou idealizava lá atrás. Ela é muito melhor. É perfeita? Não. Significa que não haja pontos que devam ser mudados ou com os quais não estou totalmente realizada? Sim. Mas tudo isso faz parte da pessoa que estou construindo.
Hoje sou muito feliz com tudo que fiz e como me transformei nesses anos. O destaque vai para meu lado mãe, que é o melhor dos meus papéis. E foi com ele que pude viajar internamente e revelar tantas coisas escondidas, trazer à tona partes de mim que eu nem sabia existir.
Minha viagem pelo autoconhecimento está no começo ainda, mas já diz tanto sobre a minha jornada e meu papel aqui. Os 35 vêm como um marco. Não mais a juventude e imaturidade dos 20, ainda não tão sábia e madura como acredito que sejam os 40. Mas no melhor que posso ter dos meus 30 e poucos. Não há tempo melhor do que o presente. E é esse que quero viver com todas as dores e delícias que me traz. Um brinde aos 35!