As dúvidas na criação de filhos são muitas. Além de trocar ideias com amigos, gosto de ler para saber o que os especialistas têm a dizer sobre o assunto.
Este livro, escrito pelo pediatra e pai de três filhos, Carlos González, traz teorias sobre assuntos como sono, amamentação, cama compartilhada, comportamento das crianças e muitos outros. Tudo embasado em estudos e na história. Como era com nossos antepassados, como é hoje. E o principal: ele confronta muitas teorias com as quais não concorda como “tem que deixar a criança chorando”, quando tudo que nossos filhos precisam é de muito amor e carinho (não à toa o título do livro). Além de fazer críticas pertinentes a teorias como essa, ele usa de uma ironia cômica na medida.
Ele nos ensina a olhar para a criança e para esse universo do cuidar/criar por outra perspectiva. Eu, pelo menos, não percebia algumas coisas. Ele nos mostra que a criança é um indivíduo, que tem necessidades que precisam ser respeitadas e atendidas. Crianças precisam de atenção.
Sobre prematuros, universo sobre o qual tratamos aqui no blog, ele fala:
“Um dos grandes avanços no cuidado dos bebês prematuros é o método mãe-canguru: tirá-los da incubadora o maior tempo possível e colocá-los no colo das mães. Observou-se que assim os bebês engordam mais, adoecem menos e seu ritmo cardíaco e respiratório mantém-se mais estável (o que indica que sofrem menos).”
Método que pude comprovar o quanto faz bem para o bebê enquanto Otto esteve na UTI Neo. Fazíamos pele a pele, ou método canguru, todos os dias, por, pelo menos, uma hora. Era incrível como ele ficava calminho e aconchegado. Fazia bem para nós dois.
Enfim, a essência desse livro é amor. Cuidar dos filhos com muito amor, carinho e de maneira respeitosa é o que fará dessas crianças bons adultos. “As crianças ‘educadas’ a gritos gritam. Crianças ‘educadas’ a bofetadas batem”, de acordo com o Dr. González. Cabe a nós darmos bons exemplos aos nossos filhos para que se tornem adultos sensatos e equilibrados.
“O amor de uma criança é puro, absoluto, desinteressado.”